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Hebrón: 20 años de la Masacre Goldstein

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Por Breaking the Silence.*

A las 5:00 de la mañana del 25 de febrero de 1994, en la mitad del mes del Ramadán, un colono judío de Kiriat Arba llamado Baruj Goldstein entró a la Tumba de los Patriarcas ubicada en el centro de la ciudad palestina de Hebrón. Armado con una Galil, abrió fuego en todas las direcciones… En pocos segundos 29 personas fueron asesinadas y 125, heridas. Todos eran palestinos.

Esta masacre dio comienzo a un nuevo capítulo para la ciudad.

El Estado de Israel y las FDI (Fuerzas de Defensa de Israel) respondieron de inmediato imponiendo restricciones sobre la libertad de movimiento de los palestinos, por miedo a retaliaciones que la masacre podría inspirar. Cerraron tiendas y sellaron sus puertas, clausuraron carreteras al acceso de vehículos palestinos y decretaron un toque de queda que duró dos meses. Nadie salía, nadie entraba.

Desde entonces, la situación en Hebrón solo ha ido cuesta abajo: las restricciones de movimiento que empezaron en el 94 han aumentado y se han sofisticado a lo largo de los años, mientras que la Segunda Intifada ayudó a transformar el lugar en una ciudad fantasma. Cerraron 1829 tiendas en el centro de la ciudad, el cual ha sido abandonado por las restricciones de movimiento; el 80% de los palestinos que viven en esta zona se encuentran bajo la línea de pobreza; hay 18 puestos de control del ejército israelí desparramado por la ciudad; 650 soldados de las FDI pasan noche y día cuidando a los menos de 1000 colonos judíos que viven en el corazón de la ciudad palestina.

No hay duda de que en Hebrón, el terrorismo sionista ha vencido.

Como generaciones de soldados antes de nosotros, también nos mandaron a proteger a cientos de colonos que eligieron vivir en el centro de la ciudad palestina más grande de Cisjordania. Durante veinte años, nosotros –soldados de las FDI– hemos preservado la realidad de la clausura de calles y el cierre de negocios que oprime a los residentes palestinos.

Igual que generaciones anteriores de soldados, también creímos que el servicio en las FDI tenía sentido. Pero antes de llegar a Hebrón, nadie nos dijo que teníamos que perseguir niños e impedir que fueran a la escuela porque habían impuesto un toque de queda; que teníamos que parar la violencia de los colonos judíos con nuestros propios cuerpos para que al día siguiente ellos mismos nos dieran órdenes; nadie nos dijo que tendríamos que seguir órdenes pensadas para instaurar la sensación de que estábamos siendo perseguidos por los palestinos. No es lo que nos habían dicho y esto no es lo que dicen hoy en día.

Si Goldstein se levantara de su tumba, ubicada en un parque público de Kiriat Arba, no habría nadie más feliz que él con la realidad de Hebrón. Veinte años después de la Masacre cometida por Goldstein, Hebrón sirve como prueba de que hemos dejado de hacernos cuestionamientos morales. No podemos permitir que el terrorismo triunfe.

 * Breaking the Silence (Rompiendo el Silencio) es una organización de veteranos israelíes que sirvieron en las FDI desde el año 2000 y tienen como objetivo crear consciencia en la opinión pública sobre la realidad de cada día en los Territorios Ocupados por Israel.

Traducción: América Latina Palabra Viva.

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Colonos (ilegais) se apresentam como nova vanguarda do sionismo

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Por Breno Altman.

A colônia de Eli, no ponto mais alto de Binyamin, a área central da Cisjordânia, é um posto avançado dentro das fronteiras que, por deliberação da ONU (Organização das Nações Unidas), deveriam pertencer a um futuro Estado palestino. O conjunto residencial, formado por casas amplas e refinadas, sempre de cor bege, em ruas limpas e arborizadas, está entre os assentamentos mais bem cuidados.

Mikhail Frunze/Opera Mundi

Assentamento de Eli lembra confortáveis condomínios que costumam circundar as grandes cidades do mundo

Os motivos de seu prestígio são religiosos e políticos. Fica a poucos quilômetros de Shilo, citada pela história bíblica como a capital dos judeus no tempo dos juízes, logo após a fuga do Egito e a criação das doze tribos lideradas por seus magistrados. Também é quase vizinha de Ariel, a cidade-modelo construída nos territórios ocupados, com instalações modernas e uma importante universidade.

Seu habitante mais ilustre é um judeu argentino chamado Danny Dayan, que foi durante seis anos (2007-2013) o presidente do Conselho da Judea e Samaria, nomenclatura oficialmente utilizada em Israel para designar a cordilheira na margem ocidental do rio Jordão. Nestas montanhas, relata a Bíblia, viveram os patriarcas e Abraão teria anunciado a seus descendentes que era a terra prometida.

“Nós somos a nova vanguarda do sionismo”, afirma Dayan. “Temos a missão histórica de recuperar a terra da qual fomos expulsos há dois mil anos. Não somos invasores, como insiste a narrativa árabe, mas os retornados. Essa região é estratégica para a defesa e o desenvolvimento de Israel.”

Empresário da área de informática, o líder dos colonos vendeu sua companhia para se dedicar integralmente à causa que postula. Apesar de respeitar as tradições, não é um religioso. Orgulha-se do telegrama que recebeu de Menachem Begin quando completou seu bar mitzvah. Declara-se admirador de Jabotinsky, o ideólogo da direita sionista, mas confessa seu crescente carinho por Ben-Gurion, o chefe da independência.

Mikhail Frunze/Opera Mundi

Palestinos que vivem na região são contratados para trabalhos nos assentamentos e utilizam meio de transporte diferente dos judeus

Dayan empenha-se com afinco para atrair investimentos e modernizar a região. Das cinco áreas que compõem a jurisdição do conselho que presidiu, Binyamin é a mais desenvolvida. São 54 comunidades de médio e alto luxo, guardadas dia e noite por soldados do exército ou seguranças particulares treinados pelas forças armadas. Estão protegidas pelo sistema de cercas e muros que as separam das aldeias palestinas, enquanto estradas bem pavimentadas as conectam entre si.

Às vezes é possível ver carros e ônibus com placas palestinas passando por estas rodovias, depois que atravessam os pontos militares de controle. As restrições são maiores quando sobe a tensão entre colonos e a população das vilas. Os serviços de transporte público, porém, são segregados, apesar de não haver regra escrita a respeito. Ônibus israelenses atendem apenas os assentados. Palestinos contratados para algum trabalho são transportados por veículos diferentes, na maioria das vezes fornecidos por empregadores ou intermediários.

Muitos residentes trabalham em Jerusalém ou Tel Aviv. As atuais colônias são distintas dos kibutzim, com seu modelo comunal e estrutura produtiva. Parecem mais com os confortáveis condomínios que costumam circundar as grandes cidades do mundo. Mas há empreendimentos privados que vão sendo implantados.

Mikhail Frunze/Opera Mundi

Danny Dayan, ex-presidente do Conselho da Judea e Samaria: “nós somos a nova vanguarda do sionismo”

Um deles, em Binyamin, é a vinícola Psagot, nome da comunidade na qual está instalada. Seu proprietário, Yaacov Berg, vende 200 mil garrafas de vinho branco e tinto por ano, exportando 60% de sua produção. As garrafas vem etiquetadas como “produto de Israel”. Se o rótulo identificar que são mercadorias de colônias na Cisjordânia, correm o risco de serem boicotados por alguns países.

Expansão

A comunidade internacional, afinal, considera que toda esta região foi ocupada ilegalmente, na guerra de 1967. A resolução 242 das Nações Unidas obriga Israel a se retirar para trás da Linha Verde, fixada no armistício de 1949. Mas desde a conquista destes territórios, com trabalhistas ou conservadores, a política sionista tem sido de expandir a colonização.

Atualmente são 121 assentamentos reconhecidos oficialmente pelo governo de Israel, de acordo com o Ministério do Interior, no qual vivem 350 mil colonos. Mais 300 mil vivem na parte oriental de Jerusalém e outros 20 mil nas Colinas de Golã. Além de Ariel, outras três colônias ganharam, ao longo do tempo, reconhecimento como cidades: Modin Illit (controlada pelos ultraortodoxos), Maale Adumim e Betar Illit.

Apesar de ser difícil calcular, através do orçamento, o conjunto dos subsídios que o governo separa à colonização, o movimento Paz Agora avalia que entre 540-600 milhões de dólares são gastos anualmente para subvencionar os assentamentos, incluindo gastos com segurança.

Um dos pouco itens identificáveis nos documentos oficiais é a transferência para os conselhos municipais da Cisjordânia, que totalizou 322 milhões de dólares no ano passado, equivalente a 8,9% de todas as verbas recebidas pelas cidades israelenses, ainda que sejam apenas 3,8% os cidadãos morando nos territórios. Outro dado importante: o investimento em habitação, excluindo Jerusalém, foi de 123,14 milhões de dólares, significando 15,36% das verbas nacionais nessa rubrica.

A ocupação teria sido bom negócio até 1987, segundo o economista israelense Shir Hever, do Centro de Informação Alternativa (AIC). Os custos eram baixos, Israel coletava todos os impostos da área, tinha mercado cativo para seus produtos e empregava mão-de-obra palestina, muito mais barata, em suas empresas. Além disso, controlava fontes de água que representavam ao redor de 50% de seu consumo.

Após este período, no entanto, com a aceleração no estabelecimento de novas colônias, as curvas teriam começado a se inverter. Os lucros iriam definitivamente desaparecer após a segunda intifada, em setembro de 2000, quando as fronteiras foram fechadas e Israel parou de contratar trabalhadores palestinos, além de aumentar extraordinariamente as despesas militares.

“Muitas empresas israelenses fazem dinheiro com a colonização, especialmente aquelas envolvidas em segurança e construção”, explica Michel Warschawski, também do AIC. “Mas os interesses geopolíticos atualmente se sobrepõem aos econômicos. O Estado financia a colonização por razões estratégicas, fortalecendo os colonos e abrindo boas oportunidades para as companhias beneficiárias dessa expansão. O resultado para as contas públicas, contudo, é deficitário.”

O governo não desmente o incentivo à marcha rumo ao leste, mas alega motivos transitórios. “Ainda estamos em situação de conflito potencial”, afirma Yigal Palmor, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores. “Os assentamentos são importantes para nossa política de defesa, pois fortalecem nossas fronteiras.”

Os assentamentos, enquanto a paz não chega, vão animando judeus seculares e religiosos, em uma demografia inversa àquela do movimento kibutzim no século XX. As estatísticas do Conselho da Judea e Samaria revelam que apenas 20% dos colonos são não religiosos, contra 10% de ultra-ortodoxos e 70% de religiosos moderados.

Demografia

Essa composição ajuda a aumentar a taxa média de fertilidade, maior entre os grupos de seguidores à risca dos ensinamentos da Torá. A família de Danny Dayan, por exemplo, é composta apenas por ele, a mulher e um filho. Outros líderes de assentamentos têm proles bem mais numerosas, uma arma importante para consolidar a presença judaica na Cisjordânia.

Mikhail Frunze/Opera Mundi
Rafael Kaufman mora na colônia de Tzufim, ao norte. Nascido no Uruguai há 41 anos, desde 2004 vive no assentamento. Tem seis filhos, uma moça e cinco rapazes. Religioso, anda pelas montanhas com seu quipá e uma pistola 9 mm na cintura, que garante nunca ter usado.

Trabalha como guia turístico, e ajuda o movimento dos colonos na divulgação internacional, dando palestras em vários países. Também arrecada recursos para que outros assentados possam abrir seus cultivos e criar pequenos postos avançados na região.

“Israel não pode cometer duas vezes o mesmo erro, os judeus não voltarão a abandonar a terra prometida”, declara Kaufmann, no alto de uma montanha com vistas para o rio Jordão. “Deus nos deu esse chão, que defenderemos com unhas e dentes, como manda os ensinamentos.”

Muitos pensam como ele, e vários de forma ainda mais intensa. Ao sul, fica cidade de Hebron, a maior da Cisjordânia. Está dividida em dois setores, um sob controle da Autoridade Palestina e outro do governo israelense. São aproximadamente 250 mil habitantes de origem árabe vivendo em 80% do perímetro urbano, e 750 judeus nos restantes 20%.

A principal artéria comercial da cidade, a rua Shuhada, que atravessa o centro velho, lembra uma cidade fantasma. Lojas estão fechadas e residência abandonadas. Após a rebelião palestina de 2000, o exército israelense isolou a área, a pretexto de salvaguardar cinco assentamentos judaicos. Vários postos militares controlam entrada e saída de transeuntes. Nenhum palestino está autorizado a dirigir carros ou motocicletas na zona de isolamento. Apenas os colonos judeus.

Uma dessas colônias, situada no topo de uma colina que nasce na via bloqueada, é a de Tel Rumeida, Em torno de 150 moradores, protegidos por militares, ali vivem, estudam e rezam.  Muitos trabalham fora, se movimentando sob permanente custódia. Vários grupos sionistas ajudam a arrecadar recursos para apoiar a comunidade.

Mikhail Frunze/Opera Mundi

Cerca de 150 judeus vivem na colônia de Tel Rumeida, em Hebron, protegidos 24 horas por militares

Uma destas organizações é a Jabad Lubavitch, entidade religiosa com ramificação em vários países. David Halon, norte-americano de Nova Iorque, foi para Hebron como parte do esforço para estimular estudos bíblicos entre soldados e civis do assentamento. Tem orgulho do que faz. “Somos um exemplo para os judeus do mundo todo”, afirma. “Aqui somos 500 contra 250 mil árabes. Resistimos sem medo, ao lado dos nossos militares.”

Olha para os vizinhos palestinos, ao alcance da vista, poucos metros adiante, mas divididos por uma cerca. “A Torá diz que os judeus devem ter o comando”, declara. “Somos o povo eleito e ganhamos na guerra, pela vontade de Deus, o direito de estarmos aqui. Eles podem ficar, desde que sejam obedientes às ordens divinas.”

Fonte: Ópera Mundi

Los colonos (ilegales) se presentan como la nueva vanguardia del sionismo

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Por Breno Altman.

La colonia de Eli, el punto más alto de Binyamina, en el área central de Cisjordania, es un puesto avanzado dentro de las fronteras que, por decisión de la ONU, deberían pertenecer a un futuro Estado palestino. El complejo residencial, compuesto por casas grandes y refinadas, siempre de color beige, en calles limpias y arboladas, es uno de los asentamientos más bien cuidados.

Mikhail Frunze/Opera Mundi

Asentamiento de Eli acuerda condominios confortables que a menudo rodean las grandes ciudades del mundo

Las razones de su prestigio son religiosas y políticas. Se encuentra a pocos kilómetros de Silo, citada en la historia bíblica como la capital de los judíos en el tiempo de los jueces, después de la salida de Egipto y de la creación de las doce tribus encabezadas por sus magistrados. También es casi al lado de Ariel, la ciudad-modelo construida en los territorios ocupados, con modernas instalaciones y una importante universidad.

Su más ilustre habitante es un judío argentino llamado Dani Dayan, quien fue durante seis años (2007-2013) Presidente del Consejo de Judea y Samaria, la nomenclatura utilizada en Israel para designar oficialmente a la cordillera en la orilla oeste del río Jordán. En estas montañas, dice la Biblia, vivieron los patriarcas, y Abraham tendría anunciado a sus descendientes que era la tierra prometida.

«Somos la nueva vanguardia del sionismo», dice Dayan. «Tenemos una misión histórica de recuperar la tierra de la que nos expulsaron hace dos mil años. No somos invasores, como la narrativa árabe insiste, pero volvimos. Esta región tiene una importancia estratégica para la defensa y el desarrollo de Israel.»

Empresario de la informática, el líder de los colonos vendió su empresa para dedicarse plenamente a la causa que postula. A pesar de respetar las tradiciones, no es religioso. Tiene orgullo del telegrama que recibió de Menájem Beguín cuando completó su bar mitzvah. Se declara admirador de Jabotinsky, el ideólogo de la derecha sionista, pero confiesa su creciente afecto por Ben-Guríon, el líder de la independencia.

Mikhail Frunze/Opera Mundi

Los palestinos que viven en la región son contratados para trabajar en los asentamientos judíos

Dayan trabaja duro para atraer la inversión y modernizar la región. De las cinco áreas que componen la jurisdicción de la junta que presidía, Binyamina es la más desarrollada. Son 54 comunidades de medio y alto lujo, protegidas día y noche por los soldados del ejército o guardias privados entrenados por el ejército. Están protegidas por un sistema de vallas y muros que las separan de los pueblos palestinos, mientras que las carreteras bien pavimentadas los conectan entre sí.

A veces se puede ver los coches y autobuses con placas palestinas que pasan por estas carreteras después de cruzar los puntos de control militar. Las restricciones son mayores cuando la tensión sube entre los colonos y la población de las aldeas. Los servicios de transporte público, sin embargo, están separados, aunque no haya ninguna regla escrita al respecto. Autobuses israelíes sirven sólo a los colonos. Palestinos contratados para algunos trabajos son transportados por diferentes vehículos, lo más a menudo proporcionados por los empleadores o intermediarios.

Muchos residentes trabajan en Jerusalén o Tel Aviv. Las colonias actuales son distintas de los kibutzim, con su modelo comunitario y su estructura de producción. Se parecen más con los condominios confortables que a menudo rodean las grandes ciudades del mundo. Sin embargo, hay empresas privadas que están implantándose ahí.

Uno de ellas, en Binyamina, es la bodega Psagot, que lleva el nombre de la comunidad en la que está instalada. Su propietario, Yaacov Berg, vende 200.000 botellas de vino blanco y tinto al año, exportando el 60% de su producción. La botella se etiqueta «producto de Israel». Si las etiquetas se identifican como mercancías de colonias en Cisjordania, corren el riesgo de ser boicoteadas por algunos países.

Expansión

La comunidad internacional, al final, considera que toda esta zona fue ocupada ilegalmente en la guerra de 1967. La resolución 242 de la ONU exige a Israel retirarse a detrás de la Línea Verde, establecida en el armisticio de 1949. Sin embargo, desde la conquista de estos territorios, con el Partido Laboral o los conservadores, la política sionista ha sido la de ampliar el asentamiento.

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Actualmente hay 121 asentamientos reconocidos oficialmente por el gobierno de Israel, de acuerdo con el Ministerio del Interior, donde viven 350.000 colonos.

[Producción de vino en Psagot. Por año, de 200.000 botellas de vino producidas, el 60% se exporta]

Otros 300.000 viven en Jerusalén Este y 20.000 en los Altos del Golán. Además de Ariel, otras tres colonias ganaron, con el tiempo, el reconocimiento como ciudades: Modiin Illit (controlada por ultra-ortodoxos), Maale Adumim y Beitar Illit.

Aunque sea  difícil de calcular, a través del presupuesto, todos los subsidios que el gobierno destina para la colonización, el movimiento Paz Ahora estima que se gastan entre 540 millones y 600 millones de dólares cada año para subsidiar a los asentamientos, incluidos los gastos de seguridad.

Uno de los pocos elementos identificables en los documentos oficiales es la transferencia de ingresos a los consejos municipales de Cisjordania, que llegó a 322 millones de dólares el año pasado, lo que equivale al 8,9% de todo el dinero recibido por las ciudades de Israel, a pesar de que son sólo el 3,8 % de los ciudadanos los que viven en los territorios.

Otro dato importante: la inversión en vivienda, excluyendo Jerusalén, fue de 123,12 millones de dólares, es decir, 15,36% de los recursos internos destinados a ese ítem.

La ocupación habría sido un buen negocio hasta 1987, según el economista israelí Shir Hever del Centro de Información Alternativa (AIC, por su sigla en inglés). Los costos eran bajos, Israel recaudaba todos los impuestos de la zona, tenía mercado cautivo para sus productos y mano de obra palestina, mucho más barata, en sus empresas. Además, controlaba la fuente de agua que representaba alrededor del 50% de su consumo.

Después de este período, sin embargo, tras la aceleración de la creación de nuevas colonias, los números han comenzado a retroceder. Los beneficios iban definitivamente desaparecer después de la segunda Intifada en septiembre de 2000, cuando las fronteras se cerraron e Israel dejó de contratar trabajadores palestinos, y a parte, aumentó el gasto militar de forma espectacular.

«Muchas compañías israelíes ganan dinero por la colonización, sobre todo las que participan en la seguridad y la construcción», explica Michel Warschawski, también del AIC. «Pero los intereses geopolíticos ya superan los económicos. El Estado financia la colonización por razones estratégicas, fortaleciendo los colonos y la apertura de buenas oportunidades para las empresas que se benefician de esta expansión. El resultado para las cuentas públicas, sin embargo, es deficiente.»

El Gobierno no niega el incentivo para marchar hacia el este, pero alega razones transitorias. «Todavía estamos en una situación de conflicto potencial», dice Yigal Palmor, portavoz del Ministerio de Relaciones Exteriores. «Los asentamientos son importantes para nuestra política de defensa, ya que refuerzan nuestras fronteras.»

Los asentamientos, mientras la paz no llega, atraen judíos laicos y religiosos, en una demografía inversa a la del movimiento kibutzim en el siglo XX. Las estadísticas del Consejo de Judea y Samaria revelan que sólo el 20% de los colonos son no religiosos, en comparación con el 10% de los ultra-ortodoxos y el 70% de los religiosos moderados.

Demografía

Esta composición ayuda a aumentar la tasa de fertilidad promedia, más alta entre los grupos de seguidores estrictos de las enseñanzas de la Torá. La familia de Dani Dayan, por ejemplo, se compone sólo de él, su esposa y un hijo. Otros líderes de asentamientos tienen una prole mucho más numerosa, un arma importante para fortalecer la presencia judía en Cisjordania.

Rafael Kaufmann vive en la colonia Tzufim, al norte. Nacido en Uruguay hace 41 años, desde 2004 vive en el asentamiento. Tiene seis hijos, cinco varones y una mujer. Religioso, camina por las montañas con su kipá y pistola de 9 milímetros en la cintura, que garantiza nunca haber utilizado. Trabaja como guía turístico, y ayuda al movimiento de los colonos en la difusión internacional, dando conferencias en varios países. También recauda fondos para que otros colonos puedan abrir sus cultivos y crear pequeños puestos avanzados en la región.

«Israel no puede cometer el mismo error dos veces, los judíos nunca más van a salir de la tierra prometida», dice Kaufmann, en la cima de una montaña que mira el río Jordán. «Dios nos dio esta tierra, vamos a defenderla con uñas y dientes, según lo dispuesto por las enseñanzas.»

Mikhail Frunze/Opera Mundi

Rafael Kaufmann (izquierda) y otro colono. «Judíos nunca más van a salir de la tierra prometida», dice el uruguayo

Muchos piensan como él, y varios de forma aún más intensa. Al sur, se encuentra la ciudad de Hebrón, la más grande de Cisjordania. Está dividida en dos secciones, una bajo el control de la Autoridad Palestina y otra del gobierno israelí. Hay aproximadamente 250.000 habitantes de origen árabe que viven en el 80% de las zonas urbanas y 750 judíos en el 20% restante.

La principal arteria comercial de la ciudad, la calle Shuhada, que cruza el centro viejo, se asemeja a una ciudad fantasma. Las tiendas están cerradas y las residencias abandonadas. Después del levantamiento palestino de 2000, el ejército israelí cerró el área, con el pretexto de salvaguardar cinco asentamientos judíos. Varios puestos de control militar vigilan la entrada y salida de los transeúntes. A ningún palestino se le permite conducir automóviles o motocicletas en la zona de aislamiento. Sólo a los colonos judíos.

Una de estas colonias, situada en lo alto de una colina que nace en la vía bloqueada, es la de Tel Rumeida. Tiene alrededor de 150 habitantes, protegidos por los militares, que allí viven, estudian y rezan. Muchos trabajan para otros lugares, moviéndose bajo custodia permanente. Varios grupos sionistas ayudan a recaudar fondos para apoyar a la comunidad.

Mikhail Frunze/Opera Mundi

Cerca de 150 judios viven en la colonia de Tel Rumeida en Hebrón, vigiladas 24 horas por el ejército

Una de estas organizaciones es Jabad-Lubavitch, entidad religiosa con ramificaciones en varios países. David Halon, un estadounidense de Nueva York, fue a Hebrón como parte de los esfuerzos para fomentar el estudio bíblico entre los soldados y los civiles del asentamiento. Se siente orgulloso de lo que hace. «Somos un ejemplo para los judíos del mundo», dice. «Aquí estamos 500 contra 250 mil árabes. Resistimos sin temor, junto a nuestras fuerzas armadas.”

Él mira a los vecinos palestinos, a la vista, a unos metros de distancia, pero divididos por una valla. «La Torá dice que los judíos deben tener el mando», dice. «Somos el pueblo elegido y ganamos en la guerra, por la voluntad de Dios, el derecho a estar aquí. Ellos pueden quedarse, desde que sean obedientes a los mandamientos divinos.”

Traducción: Kelly Cristina Spinelli

Fuente: Ópera Mundi

Conoce el nuevo gabinete del 33º gobierno de Israel

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El nuevo gabinete de coalición del gobierno de Israel tomó posesión en el día de hoy.

gabinete

Además del primer ministro Benjamin Netanyahu, algunos de sus integrantes son:

Naftalí Bennett (Economía y Comercio), quien ha dicho: “No habrá Estado palestino en la pequeña tierra de Israel” en relación a todo el Mandato de Palestina. Apoya la anexión de 60 % de Cisjordania.

Jair Lapid (Finanzas) quiere “deshacerse de los palestinos de Cisjordania» y “construir un muro alto entre ellos y nosotros».

Tzipi Livni (Justicia). Según documentos palestinos dijo «Soy abogada, pero estoy en contra de la ley, particularmente la internacional. Estoy en contra de la ley en general.” También es sospechosa de crímenes de guerra.

Moshé Iaalón (Defensa) reemplazará a Ehud Barak.Ya se vio obligado a modificar un viaje para no ser arrestado por crímenes de guerra. Describió a los palestinos como «amenaza cancerígena”. Apoya los asentamientos en Cisjordania, que son ilegales aun según la ley israelí.

Israel Katz (Transportes):  Había presionado para que los letreros de las carreteras con nombres en árabe fueran una transliteración directa del hebreo. Sobre ese asunto comentó: “Ni este gobierno ni este ministro permitirán que la judía Jerusalén se transforme en la al-Quds palestina.”

Gideón Saar (Interior) dejó su huella como ministro de Educación atacando la libertad de expresión y las discrepancias políticas.

Gilad Erdán (Comunicaciones y Defensa Civil) se desempeñaba hasta ahora como titular de la cartera de Medio Ambiente. Presentó una ley para dar a los tribunales el poder de anular la ciudadanía israelí por «deslealtad al Estado». Además, Erdan supervisará las relaciones estratégicas con Estados Unidos, conducirá la Autoridad de Difusión de Israel (IBA, por su sigla en inglés) y la Oficina de Prensa del Gobierno (GPO).

Uri Ariel (Vivienda) ayudó a fundar asentamientos ilegales y rechazó la idea de «congelar» su expansión.

Uri Orbach (Asuntos de la Tercera Edad) atacó al grupo de Derechos Humanos B’Tselem por dar cámaras a los palestinos para registrar abusos como si fueran “judíos tratando de sorprender a los soldados de su propio país haciendo cosas malas”. En 2008, Orbach escribió: “Nosotros los judíos no tenemos intención de suicidarnos y perder nuestro Estado judío en nombre de nuestros valores democráticos».

Uzi Landau (Turismo) es otro apoyador de los asentados judíos más extremistas. Landau atacó a los líderes comunitarios palestinos: «Son un grupo antisemita que quiere minar nuestro derecho a existir aquí». También cree que hay que mantener el control de las “zonas de seguridad” más allá del trazado (ilegal) del Muro del Apartheid.

Con informaciones de http://electronicintifada.net/blogs/ben-white/meet-israels-new-government-justice-minister-against-law-housing-minister-who-led y http://www.aurora-israel.co.il/articulos/israel/Diplomacia/50293/

 Traducción: América Latina Palabra Viva

A Palestina continua sendo a questão – John Pilger

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Documentário de John Pilger que retrata a vida de sofrimento e humilhação do povo palestino nos territórios ilegalmente ocupados pelas forças militares do estado sionista de Israel. Ao final, John Pilger repete as perguntas que o grande arcebispo anti-apartheid Desmond Tutu havia feito pouco tempo antes: «Será que os judeus esqueceram em tão pouco tempo o sofrimento, a humilhação e as mortes que seus antepassados padeceram há apenas duas gerações? Por que eles agora estão praticando contra o humilde povo palestino atrocidades semelhantes às sofridas por seus antepassados nas mãos dos nazistas?» Boas perguntas, mas que continuam sem respostas.

Legendas e texto de apresentação por Jair de Souza.

Nota da Redação: No documentário aparece um assentamento judeu em Gaza, Kfar Darom, que foi removido em 2005, como parte do plano de retirada de Gaza levado à prática pelo ex-primeiro ministro Ariel Sharon (responsável pelos massacres de Sabra e Chatila em 1982 e está em coma faz seis anos). Apesar dos assentamentos ilegais israelenses terem sido removidos, o estado sionista continua com a sua opressão da população palestina, bombardeios, etc., como o vídeo mostra.

Palestina sigue siendo la cuestión – John Pilger

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Documental de John Pilger que retrata la vida de sufrimiento y humillación del pueblo palestino en los territorios ilegalmente ocupados por las fuerzas militares del estado sionista de Israel. Al final, John Pilger se hace la pregunta que poco antes había hecho el gran arzobispo antiapartheid Desmond Tutu: «¿Habran olvidado los judíos de Israel en tan poco tiempo el sufrimiento, la humillación y muertes que sus antepasados padecieron hace tan solo dos generaciones? ¿Por qué ahora practican ellos contra el humilde pueblo palestino atrocidades similares a las sufridas por sus antepasados en manos de los nazis?» Buenas preguntas, pero que todavía siguen sin respuestas.

Subtítulos y texto de presentación: Jair de Souza.

Nota de la Redacción: En el documental aparece un asentamiento judío en Gaza, Kfar Darom, que fue desmantelado en 2005, como parte del plan de retirada de Gaza aplicado por el exprimer ministro Ariel Sharon (responsable por las masacres de Sabra y Chatila en 1982 y está en coma hace seis años). A pesar de que los asentamientos ilegales israelíes fueron desmantelados, el Estado sionista sigue con su opresión a la población palestina, bombardeos, etc., como muestra el video.

Freud: Mis reticencias sobre el sionismo

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freudLa carta de Sigmund Freud, del 26 de febrero de 1930, está dirigida a Chaim Koffler, miembro de la Fundación para la Reinstalación de los Judíos en Palestina (Keren Hayesod), fue traducida por primera vez del alemán al francés por Jacques Le Rider. Fue publicada por la revista “Cliniques méditérranéennes” (n° 70, Erès, 2004), acompañada por un comentario de Elisabeth Roudinesco, historiadora del psicoanálisis.

Viena, 26 de febrero de 1930 

Doctor, 

            No puedo hacer lo que usted desea. Mi reticencia a interesar al público en mi persona es insalvable y creo que las circunstancias críticas actuales no me incitan para nada a hacerlo. Quien quiera influenciar a la mayoría debe tener algo arrollador y entusiasta para decir, y eso, mi opinión reservada sobre el sionismo no lo permite. Sin dudas tengo los mejores sentimientos de simpatía para esfuerzos libremente consentidos, estoy orgulloso de nuestra universidad de Jerusalén y me alegro por la prosperidad de los establecimientos de nuestros colonos. Pero, por otro lado, no creo que Palestina pueda algún día ser un Estado judío ni que tanto el mundo cristiano como el mundo islámico puedan un día estar dispuestos a confiar sus lugares santos al cuidado de los judíos. Me hubiera parecido más prudente fundar una patria judía en un suelo históricamente no cargado; en efecto, sé que, para un propósito tan racional, nunca se hubiera podido suscitar la exaltación de las masas ni la cooperación de los ricos. Concedo también, con pesar, que el fanatismo poco realista de nuestros compatriotas tiene su parte de responsabilidad en el despertar del recelo de los árabes. No puedo sentir la menor simpatía por una piedad mal interpretada que hace de un trozo de muro de Herodes una reliquia nacional y, a causa de ella, desafía los sentimientos de los habitantes de la región.

          Juzgue usted mismo si, con un punto de vista tan crítico, soy la persona que hace falta para cumplir el rol de consolador de un pueblo quebrantado por una esperanza injustificada.

                                                                                                                             Freud

                                                                                                                                Viena, Bergasse 19

Gracias a Alberto Sladogna que nos envió el material.

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Freud: A minha reticência sobre o sionismo 

A carta de Sigmund Freud, de 26 de fevereiro de 1930, está dirigida a Chaim Koffler, membro da Fundação para a Reinstalação dos Judeus em Palestina (Keren Hayesod), foi traduzida pela primeira vez do alemão ao francês por Jacques Le Rider. Foi publicada pela revista “Cliniques méditérranéennes” (n° 70, Erès, 2004), acompanhada por um comentário de Elisabeth Roudinesco, historiadora da psicoanálise.

Viena, 26 de fevereiro de 1930 

Doutor,  

Não posso fazer o que o senhor deseja. Minha reticência quanto a possibilidade que o público possa se interessar pelo que penso a respeito do assunto é enorme, e as críticas circunstâncias atuais não me animam a superá-la. Quem quiser influenciar a maioria deve ter algo envolventee empolgantepara dizer, e isto, minha opinião particular sobre o sionismo não o permite. Sem dúvida tenho muita simpatia pelos esforços efetuados, estou orgulhoso de nossa universidade de Jerusalém e fico feliz pela prosperidade dos estabelecimentos de nossos colonos.

Mas, por outro lado, não creio que a Palestina possa algum dia ser um estado judaico nem que tanto o mundo cristão como o mundo islâmico possam um dia estar dispostos a confiar seus lugares santos aos cuidados dos judeus. Me parece que teria sido mais prudente fundar uma pátria judia em em um solo não tão carregado historicamente; objetivamentesei que, para um propósito tão racional, nunca se teria conseguido suscitar a exaltação das massas nem a cooperação dos ricos.

Constato também, com pesar, que o fanatismo pouco realista de nossos compatriotas tem sua porção de responsabilidade no despertar do receio dos árabes. Não posso sentir a menor simpatia por uma piedade mal interpretada, que faz de um pedaço de muro de Herodes uma relíquia nacional e, por causa dela, desafia os sentimentos dos habitantes da região.

          Julgue o senhor se, com um ponto de vista tão crítico, sou a pessoa que faz falta para cumprir o papel de consolador de um povo quebrantado por uma esperança injustificada.

                                                                                                        Freud

                                                                                                    Viena, Bergasse 19

Tradução: América Latina Palavra Viva

Revisão: Glauco Carvalho Marques

Obrigada a Alberto Sladogna que nos enviou o material.